sábado, 25 de março de 2017

Porque Teatro

é também da Rua e muito +
por maneco nascimento

Na sexta, 24, o dia SenThe começou com toda alegria. Pela manhã, às 10h, o SenThe Social visitou  o Lar da Esperança e encheu de alegria o público morador da Casa de abrigo a pessoas convivendo com AIDS/HIV, os convidados e crianças do ensino fundamental de uma Escola municipal da região.

Quem coloriu a manhã do público, no Lar da Esperança, foram as vezes de Palhaçaria do ator clownesco Jean Pessoa e seu "O Jacá do Caburé". 

Cada sorriso e satisfação nos olhos da criançada e toda a gente da recepção, um momento singular e marco nas ações da Semana do Teatro e seu ato SenThe Social.

Acertada agenda em todas as apresentações cunhadas nas instituições filantrópicas, Casa Frederico Ozanan; AMA; Lar da Esperança. Prazer, presença, serviço de interação e integração comunitária, SenThe Social.

No horário das 17 horas, era a vez da Praça Pedro II receber o SenThe-Teatro de Rua, às 17h, mas a chuva que se formou levou público e espetáculo a se alojarem no Hall do Theatro 4 de Setembro. Ali, numa arena improvisada, assentada dentro do retângulo-hall da Casa de espetáculos, deu-se a magia do Teatro.

"Dona Flor e Seu Único Futuro Marido", do Grupo Fama Teatro, convidado chegado de Caxias, no Maranhão, cumpriu o rito da cena clownesca, o ritual de fazer rir e gerar felicidade.

Dona Cansação, Seu Carambela, a solteirona Dona Flor e os + palhaços da carpintaria para a Rua deram seu tempo de incensar arte, cultura e cultuar amor ao fruto das glebas de Baco.

Com direção de André Ribeiro, que também encarna o velho Carambela, pretendente à mão de Dona Flor, e texto de Jean Pessoa, o espetáculo detém os ritmos de força, linguagem e licenças de apropriação e improvisações, que moeda de uso às cenas do Teatro de Rua.

Para a apresentação do dia 24 de março, havia um pequeno breque na dinâmica, talvez pela improvisação de encaixar o espetáculo no hall do Theatro. Mas nada que deponha contra a sinergia de empatia com seu público.

Um elenco redondo e deslizando na práxis de brincar de fingir e fingir na brincadeira de persuadir, ganhar a assistência e trazê-la para dentro da cena, enquanto se desenrola enredo de humor e picardias popularescas que afinam identidade imediata com a plateia.


Adriele Bezerra (dona Flor); André Ribeiro (Carambela); Aurélia Souza (dona Cansação), Francisco Alencar, Rodrigo Oliveira e André Nascimento (músicos), cada um a seu turno despendem sua emoção cartografada na partitura da personagem consignada para a hora do brilho. Têm o "timing" provocador do riso e da gargalhada retribuída pelo público. Garantem a língua e linguagem do Teatro.

Lá fora caia a chuva e cá dentro, público e artistas, arte e recepção interagiam a cultura do Teatro. O SenThe-Teatro de Rua não deixou barato, na agenda dos espetáculos da linguagem de Rua. Todos defenderam seu quinhão de boa presença cênica.

Para as 20 horas, o Theatro 4 de Setembro recebeu "O Açougueiro", com Alexandre Guimarães, do Rio de Janeiro RJ/Recife Pe.

O texto, encenação e plano de luz, de Samuel Santos; figurinos, maquiagem, falas do corpo, adereços e as vozes que falam das personagens, aliados à performance de Alexandre, dão calor ao espetáculo. Personagens povoam a cena, todas construídas na partitura de Guimarães.

O narrador, o açougueiro, a mulher do açougueiro, o próprio homem antropomorfo do boi (a coisificação do cidadão), entre outros, ilustram fazer teatral de premeditada ação de vigor. As toadas de vaqueiro, momentos sublimes da encenação.

Na Galeria de Arte "Nonato Oliveira" (Club dos Diários). às 21h30, o tema veio da Escola Técnica Estadual de Teatro "Gomes Campos", num resultado do curso técnico de Dança. "História da Dança" apresentou uma viagem pela construção da linguagem que fala pelo corpo.

Chiquinho Pereira, diretor da montagem, dá um tom de regra aristotélica à cena.

A direção artística de Márcio Gomes e Marconi Lima e coreografias de Marconi Lima, Riomar de Jesus, Márcio Gomes, Martins Filho e Leonardo Barbosa aplicam esteira de revelação, aos intérpretes-bailarinos que narram a cena, na linguagem do corpo.

Foco, dança, corpo, simetrias e assimétricos linguísticos falam no corpus que dança.

Para o final da noite, a SenThe-Programação Musical afiançou instrumental poderoso e sonoros em sopros metal, às 22h30, agenda do Espaço Cultural "Osório Jr."(Espaço de Convivência "Rubens Lima"). 

"Quarteto Theresina SAX", com direção musical de Abiel Bonfim, preencheu os céus e chão e vagas aos sons e melódicos que se pode provocar, em estilo e arte musicais, música saída de metais Sax. Bela noite aos ritmos e hits que marcam som e canções que a humanidade criou. Bravos!

E, SenThe. Não perca o foco. Porque até segunda feira, 27 de março,  Dia Internacional do Teatro e Dia Nacional do Circo, SenThe. É o que não vai faltar. Teatro conspirado e posto à prova da cena brasileira!

fotos/imagem: (grupo SenThe/ m. nascimento// André Ribeiro// ascomSeCult)

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