quinta-feira, 5 de maio de 2016

"Me chamo Ébano"

mas também é Luiz em todo Melodia
por maneco nascimento
Luiz Melodia volta a Teresina e cantará suas Pérolas da MPB, no Projeto Seis & Meia, dia de 10 de maio de 2016. O show acontece no Theatro 4 de Setembro. 
O cantor, compositor e guitarrista piauiense, Renato Piau, parceiro de Luiz na canção “Me beija”, acompanhará o show do Pérola Negra. A atração local fica por conta de Gomes Brasil que abre os serviços do Projeto, a partir das 18h30.

Os ingressos já estão sendo vendidos, na bilheteria do Theatro 4 de Setembro (Praça Pedro II, S/N) e na Toccata (Rua Angélica, bairro de Fátima), ao preço de R$ 25,00 (a meia entrada) e R$ 50,00 (a inteira). 
O Seis & Meia é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura do Piauí – Secult, e reativa a canção brasileira, abrindo circuito a grandes nomes da MPB em interação com um artista local, que dividem o palco.
Melodia nasceu Luiz Carlos dos Santos, no Rio de Janeiro, em 7 de janeiro de 1951. Cantor e compositor brasileiro de MPB e às variáveis a rock, blues, samba e souls. É filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia e herdou o sobrenome luxuoso para a carreira artística própria, quando desceu o morro, ganhou o asfalto e conquistou os palcos nacionais.
Natural do morro de São Carlos, no bairro do Estácio, Luiz Carlos dos Santos casou com a cantora, compositora e produtora Jane Reis, com quem tiveram um filho, o rapper Mahal Reis, nascido em 1980. Luiz iniciou carreira musical em 1963, com o cantor Mizinho. Ao mesmo tempo, trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos.
Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho. Depois de abandonar o ginásio, Melodia passou a adolescência compondo e tocando sucessos da jovem guarda e bossa nova, com o Grupo “Instantâneos”. A experiência e atmosfera em que vivia, do tradicional samba dos morros cariocas, acabou resultando em um mix de influências que renderiam a Luiz Melodia um estilo único.
(o doce Melodia/fotos[divulgação])
Logo despertou a atenção de um assíduo frequentador do morro do Estácio, o poeta Wally Salomão e também do piauiense Torquato Neto. Através de Wally, Gal Costa conheceu um de seus compositores prediletos, o que resultou na gravação de “Pérola Negra”, no disco “Gal a todo vapor”, de 1972. Pouco depois era vez de “Estácio, Holly Estácio”, ganhar beleza inestimável na voz de Maria Bethânia.
Foi nesse período que o artista assumiu o nome de Luiz Melodia, sobrenome artístico retirado de seu pai Oswaldo. Em 1973 lança o antológico disco “Pérola Negra”, em que registra as suas composições, "Magrelinha", "Estácio, Holly Estácio", "Vale Quanto Pesa" e "Farrapo Humano", entre outras.
Irreverente e inquieto desde quando ainda garoto, quando tocava iê-iê-iê nos berços de samba carioca, Melodia se impôs a estilo musical inconfundível. As críticas o consideravam um artista “maldito”, ao lado de nomes como Fagner e João Bosco. Por não obedecerem as regras tradicionais, os “malditos” burlavam, por assim dizer, as ordens da casa, da gravadora. Rompiam com situações que não convinham e mantinham o que sempre acreditaram. Essa fidelidade de estilo é o que sempre fez e faz Luiz Melodia em sua produção artística.
No "Festival Abertura", no início da década de 1970, promovido pela Rede Globo, chega à final com sua canção "Ébano". Nas décadas seguintes, a carreira ganha impulso e lança diversos álbuns e realiza shows no Brasil e na Europa.
O disco “Maravilhas contemporâneas” (1976) consolidou a carreira. Ficou muito popular pela canção “Mico de circo” (1978). “Nós”, de 1980, em que está incluído “Codinome beija-flor” foi parada de sucesso garantida. O disco seguinte, “Relíquias” (1985), fez uma releitura com novos arranjos para sucessos como “Ébano”, “Subanormal”.
Em 1987 apresenta-se em Chateauvallon, na França, e em Berna, na Suíça. Participa, em 1992, do "III Festival de Música de Folcalquier", na França, e, em 2004, do Festival de Jazz de Montreux. À beira do Lago Leman, a apresentação foi no Auditorium Stravinski, palco principal do festival.
Gerou o intimista intenso “Acústico - ao vivo” (1999), em que passeia novamente por sua obra, numa espontaneidade de um disco gravado ao vivo, durante sua turnê nacional, considerado sucesso de público e crítica. Participou do quarto disco solo de Sérgio Britto (Purabossanova), lançado em setembro de 2011. Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Cantor de MPB.
Luiz Carlos dos Santos, Luiz Melodia, único filho homem de Oswaldo e Eurídice, descobriu a música ao ver o pai tocando em casa. Observava o pai pegar a viola, tirar uns acordes, e ganhava como observador. Seu Oswaldo não deixava o filho pegar na viola de 4 cordas, uma relíquia, muito bonita. Mas foi com essa viola que Melodia aprendeu a tocar umas coisas.
A precoce afinidade com a música definiu o artista Luiz Melodia. Contrariou o pai, que sonhava ter um filho “doutor” formado. No início, o pai não apoiou o projeto do filho. Depois, seu Oswaldo veio a curtir demais o trabalho do filho. Quando o pai faleceu, Melodia perdeu um grande fã, garante o artista.
Das curiosidades e mais discos: 
em 1976 sua música "Juventude Transviada" foi incluída na trilha sonora da novela "Pecado Capital", da Rede Globo, escrita por Janete Clair. Música gravada no seu LP "Maravilhas Contemporâneas". Ainda nos anos 1970, quando começou a ser mais conhecido, participou do “Projeto Pixinguinha” e dividia o palco com Zezé Motta.
Na década de 1980, lançou os LPs "Nós" (1980), "Felino" (1983), "Claro" (1985) e "Pintando o sete" (1989). Este último incluiu um de seus maiores sucessos, “Codinome Beija-Flor” (Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias). Em 1991, gravou "Codinome beija-flor" para a trilha sonora de "O dono do mundo", novela de Gilberto Braga, TV Globo.
Em 1995 participa do cd "Guitarra Brasileira", de Renato Piau, no qual interpretou "Me Beija", parceria com Renato Piau e Tureko. No disco também interpretou "Fadas", de sua autoria. O cd "14 Quilates" é do ano de 1997.


Em 1998 participou do disco-homenagem "Balaio do Sampaio", de Sérgio Sampaio, produzido por Sergio Natureza, em que interpreta a faixa "Cruel", de Sérgio Sampaio.
Em 1999, lança "Luiz Melodia: Acústico, ao vivo", gravado no Teatro Rival (RJ), com Renato Piau (violão de aço e náilon) e Perinho Santana (violão de náilon e guitarra). Interpretou, também, músicas de outros compositores, como Zé Kéti e Hortêncio Rocha na faixa "Diz que fui por aí"
Renato Piau
Renato Piau acompanhará Luís Melodia no Projeto Seis & Meia, dia 10 de maio, no Theatro 4 de Setembro. Piauiense, nascido em Teresina, Piau é instrumentista, Compositor, Cantor. No início da década de 1970 mudou-se para o Rio de Janeiro a convite do poeta Torquato Neto, com quem iniciou parceria.
Como guitarrista e violonista acompanhou boa parte dos artistas da MPB.
Fundou a editora musical e gravadora Guitarra Brasileira, pela qual lançou vários discos de artistas brasileiros.
Na década de 1970 acompanhou Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Luiz Gonzaga, Fagner, Nana Vasconcelos, Chuck Berry, Sandra de Sá, Ron Carter, Tânia Maria, Baiano e os Novos Caetanos, Zé Ramalho, entre muitos outros. 
Amigo pessoal de Tim Maia, também esteve presente em momentos da carreira do rei do soul brasileiro. Compôs, com Chico Anísio e Arnaud Rodrigues, várias músicas gravadas pela dupla Baiano e Os Novos Caetanos, com a qual viajou em turnê. Com Melodia foi parceiro na canção “Me beija”.
fonte/pesquisa: (wikipedia)
//fotos/imagem: (divulgação)

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