segunda-feira, 16 de maio de 2016

"Cauby, Cauby!"

a Estrela sobe!
por maneco nascimento
É alçado aos céus das Estrelas, um dos + expressivos e inesgotáveis ícones da MPB. Querido pelas fãs há + de sessenta anos. Essa Voz, esse homem, esse nome Cauby Peixoto galgou a própria sorte e os palcos nunca mais foram os mesmos, depois que soltou a sua voz.
Amado por todos, rasgado pelas fãs, perseguido por gerações de tietes e seguido por apaixonados desde que Cauby é Cauby. Viveu bem, conquistou todos os louros e não perdeu a pinta de grande intérprete que sua Estrela lhe assentou.
(fotos/imagem Cauby rasgado pela fãs, em show de 1957: wikipedia) 
A era ouro do rádio e os programas de auditório e televisão são memórias irrefutáveis, deste intérprete que preencheu os lares nacionais, através das ondas eletromagnéticas radiodifundidas, rompendo terras do Iapoque ao Chuí. 
Quem não o ouviu desfiar grandes sucessos e canções; não o viu, pelo menos em revistas de fofocas, videotaipe, programas de tevê, ou não conheceu sua força de soltar  a própria voz, ainda não sabe o que perdeu, ou talvez nem mais precise saber.
Eu sei. Ouvi, vi, admirei, amei e guardo as melhores memórias da canção brasileira à força de voz impagável. Cauby de "Bastidores" e de outras grandes leituras da MPB que nos representa e nos faz tão bem ouvir. Levo comigo o orgulho de estar em país que pariu Cauby.
Leve consigo seu tempo de felicidade, alegria de palcos, euforias de bastidores, beleza plena da voz entoada e prazer tranquilo de dever cumprido, em doce melodia aos ouvidos de quem te pode ouvir. Leva-se contigo  materialidade tangível e vive conosco a intangibilidade do nome que é de sermos nós em você, Cauby Peixoto. 
Parte ao imponderável, porque algum dia toda espécie evolui a novo ciclo. O de Cauby foi aberto a novo momento. Vai estar com os + com quem conviveu e trocou memórias de bastidores e afinidades afinada na alegria de viver e cantar.
[O cantor estava internado no hospital Sancta Maggiore tratando de um quadro de pneumonia
Cauby Peixoto morreu aos 85 anos no final da noite deste domingo, 15, em São Paulo.
O cantor estava internado há uma semana no hospital Sancta Maggiore tratando de um quadro de pneumonia. Segundo informações de amigos próximos, Cauby ficou alguns dias recebendo tratamento na UTI e depois foi transferido para um quarto -- onde estava cercado de amigos que faziam orações no momento de seu falecimento.
O velório com a presença de familiares, amigos e fãs está sendo realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e o enterro está programado para acontecer às 17h no Cemitério de Congonhas.]

(fonte: Notícia publicada Seg, 16 Mai 2016 as 06:05, por CARAS Digital./Por CARAS Digital 5 horas atrás)
Príncipe da voz aureada por talento decantado, Cauby Peixoto depositou felicidade e alegria de bem cantar e sempre falou do prazer de viver para cantar. Havia no artista uma energia que o consumia para viver o palco, romper as cortinas e enriquecer  a ribalta com sua luz própria de ser Estrela. 
[Cauby Peixoto, nasceu em Niterói, em 10 de fevereiro de 1931 e subiu às Estrelas em 15 de maio de 2016. 
Cauby iniciou sua carreira artística no final da década de 1940. Estudou em um Colégio de Padres Salesianos em Niterói, onde chegou a cantar no coro da escola e também no coro da igreja que frequentava. Cauby trabalhou em um comércio até resolver participar de programas de calouros no rádio, no final da década de 40, no Rio de Janeiro. 
Sua voz era caracterizada pelo timbre grave e aveludado, mas principalmente pelo estilo próprio de cantar, que incluía extravagância e penteados excêntricos. Proveniente de uma família de músicos, o pai (conhecido como Cadete) tocava violão, a mãe bandolim, os irmãos eram instrumentistas, as irmãs cantoras e o tio pianista. Sobrinho do músico Nonô, pianista que popularizou o samba naquele instrumento, Cauby também era primo do cantor Ciro Monteiro.
Das grandes homenagens recebidas por compositores ao grande Cauby, destacam-se as canções escritas, especialmente para ele: Cauby, Cauby (Caeteno Veloso)Bastidores (Chico Buarque de Holanda); Oficina (Tom Jobim); (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
(fonte: wikipedia./acesso 16.05.2016 às 11h49)

Cauby Cauby
"Lembro eu deitado na relva/No frio da manhã/Numa clareira da aldeia Tupi/Entre mil pássaros só uma voz/Uma voz, minha mãe/Música doce/Chamando meu nome/Cauby! Cauby!//Nome com qual o meu pai/Seu orgulho plantou/A árvore da minha vida - paixão/Minhas raízes cravadas/Bem fundo no chão/Mas os meus galhos/Meus ramos e flores/Pro céu, pra ti//
Depois mil vozes ouvi/Que me queriam chamar/Que me queriam levar de mim/Tantas mulheres febris/Loucas pela minha voz/Música doce/Gritando meu nome/Cauby! Cauby!/Cauby! Cauby!//Hoje deitado na selva do nosso lugar/Copacabana lá fora a rugir/Oh! Meu amor proibido/Eu te vejo chegar/Música doida/Carícias no ouvido/Cauby! Cauby!/Cauby! Cauby!//
Cauby! Cauby!" (Cauby Cauby/Caetano Veloso)

Bastidores
"Chorei, chorei/Até ficar com dó de mim/E me tranquei no camarim/Tomei o calmante, o excitante/E um bocado de gim//
Amaldiçoei/O dia em que te conheci/Com muitos brilhos me vesti/Depois me pintei, me pintei/Me pintei, me pintei//
Cantei, cantei/Como é cruel cantar assim/E num instante de ilusão/Te vi pelo salão/A caçoar de mim//
Não me troquei/Voltei correndo ao nosso lar/Voltei pra me certificar/Que tu nunca mais vais voltar/Vais voltar, vais voltar//
Cantei, cantei/Nem sei como eu cantava assim/Só sei que todo o cabaré/Me aplaudiu de pé/Quando cheguei ao fim//
Mas não bisei/Voltei correndo ao nosso lar/Voltei pra me certificar/Que nunca mais vais voltar/
Cantei, cantei/Jamais cantei tão lindo assim/E os homens lá pedindo bis/Bêbados e febris/A se rasgar por mim//
Chorei, chorei/
Até ficar com dó de mim" (Bastidores/Chico Buarque)

Vai com Deus e manda lembranças às amigas e companheiros da cena, dos palcos da vida e da arte. E força nessa nova empreitada por novos bastidores.
(foto/imagem: reprodução caras digital)

Cauby é Luz que não se encerra.
"Cauby, Cauby!"


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