sexta-feira, 12 de junho de 2015

Terra feliz: dança

"Happyland"
por maneco nascimento

O Escénica En Movimento, Grupo do Chile, demonstrou sua alegria e felicidade dançada, no dia 10 de junho de 2015, a partir das 22h, no palco do Theatro 4 de Setembro, na obra dançada "Happyland". Era noite de abertura a espetáculos no Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro.

Na Galeria do Club dos Diários, 21h, "Intérpretes em Crise", com Clarice Lima e Aline Bonamin, de São Paulo, 40 minutos de emoção compungida à recepção atenta. E, em seguida, no palco do 4 de Setembro, a performance chilena, com duração de 60 minutos, à classificação livre para brincar e armar performance de franca expansão da temática, meio brinquedo disputado, espacialidade das cadeiras e ocupação de espaço, entre outras transitividades energéticas.

Uma hora densa de corpos que desfiam ações, brindam infância ou reapropriam memórias afetivas transitadas à geografia de dramaturgias livres, em nova dança espelhada. Concorrem, os artistas criadores, em manter-se a intenso acionamento de corpos que vão e voltam ao brinquedo das cadeiras, enquanto entremeiam gastar energia a outras performances, dinamizadas por sons bate estaca e samplers ativados, a linguísticas de desenhos graficorpos, nas partituras individuais, interagidas a marcas de coletivo.

A construção em descontínuo do efeito dramático em dança, no variável de liberdades intransitivas, retifica enredo transitivado direto a emoções e lúdico, numa continuidade quase aristotélica, mesmo com tentativas de invisibilizar teorias da arte formal, a partir da nova dança.

O Escénica em Movimento compõe diversão, alegria, prendas infantes relidas a ato cênico, energia em manter corpos aquecidos, quase que ininterruptos por uma hora, e técnica em reter o corpus dinâmico que coletiviza marcas dos corpos, em movimentos (im)precisos, que falam do livre discurso de que danço, logo corpo em resistência de liberar ações falantes, através da geografia de palco ocupada.
(corpus de Happyland/reprodução)

Caso seja proposta de propósitos, gastar o tempo da recepção pela longevidade de marcas coreográficas, mesmo sincopadas com uma música atraente, e levar à exaustão de plateia ao tempo de interação com o espetáculo, não foge a tema de super gera ativar.

Mas, em menos tempo, a leitura já ficaria clara e cristal refletida às luzes de cena apresentada aos olhos do público. Em posse de livre arbítrio, a arte criadora se estabelece a seu círculo de relógio e a terra da alegria que força sua alegoria e narrativa de liberdade.

Transitivos diretos e indiretos desenham falas chilenas em busca da velha e boa intransitividade da nova dança. O principal centro de atração do Escénica em Movimento é indoor, para o interior, dentro da casa da alegria. Entretém para fechados jogos ao show de internas intervenções que externalizam felicidade.

É arte, é "Happyland", é Chile em ato de intangivizar cultura, lúdico e estéticas às vozes do corpus que dança.

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