sexta-feira, 24 de abril de 2015

Tempos de novos

Novo tempo
por maneco nascimento

Um furacão de luz e energia positivamente atomizada preencheu o palco do Theatro 4 de Setembro, na noite do dia 21 de abril de 2015. Feriado nacional dedicado ao herói inconfidente mineiro, foi também dia de por dentes à mostra e sorrir com Ô Espetáculo, musical atraente, caliente, gente da gente que sabe e quer fazer arte e cultura de expressão e ganhar espaço de expansão, porque o show não pode parar, tem que continuar...

(arte divulgação/acervo New Time)

O nome da pérola dourada de juventude que essa brisa musical (en)canta é New Time. O Show espetacular reverbera franca felicidade de cantar, dançar e representar imagens vocalizadas de ídolos mass media, a partir das vozes afinadas em disciplina pop rock romântico ópera incidental apurada. Segundo Garem Vilarinho, diretor musical, são + de quarenta pessoas envolvidas, artistas, técnicos, músicos, produtores, na onda alegre da canção que faz bem cantar ao seu público fervoroso e de número mui expressivo.
 (público New Time/foto Dalmir Gomes)

As canções vão se espalhando pelo palco e público e contagiando ouvidos cativos. As homenagens chegam a hits emblematizados por Frank Sinatra, Michael Jackson e um corolário de grandes sucessos que romperam fronteiras e embalaram anos dourados e gerações que ouviram e ouvem cantar, ou visitaram registros dos melhores anos da vida da música internacional conspirada pelas indústrias culturais.

A Banda New Time, essa deve só a si mesma o tempo de novos e o novo tempo que discursa em arranjos declarados, amantes da música que convive com os instrumentistas, paixão (in)condicionada por ser bom tocar um instrumento.

Diego Andrade, Garem Vilarinho, Laércio Barros, Lucas Nannini mandam um recado aos enamorados pelo novo tempo de fazer bem o que acreditam e o fazem, decididamente, muito bem. É uma Banda inteiramente na sua e na nossa veia de recepção livre.
Nada a dever a quem não se deixe envolver pelo rigor licencioso de poesia cifrada na pauta de melódicos e revisionados da velha e boa música que se ouve, ainda, ecoar nos dial da memória e história dos tempos da muito boa canção, obrigado.

Som impecável; instrumentos afiados do Baixo, Guitarra, Teclado e Bateria, em mãos concentradas, sinergizam matéria sonora +; figurinos (Rebeca Rocha, Ingrid Cavalcante e Gerlane Costa) "broadway, broadway", via larga de sensação e emoções reveladas na acuidade e tratamento que glamouriza e salta aos olhos, domam a cena visual; a maquiagem, de Alinne Martins converge em complemento do quadro artístico e estético plástico das personagens cantantes.

A luz do Espetáculo "fusion magic impacted", protege numa aura profissional a quem entra, canta, dança, sai de cena e volta em nova roupagem de convencer, através da voz e músicas selecionadas para revirar o baú de emocionantes paradas de sucesso que encantaram o mundo musical show biz.

(luz e cores e som e corpos musicais/foto Edson Jr.)

Os corpos falantes recebem facilitação coreográfica de José Nascimento e Jeciane Sousa. Soma-se aos intérpretes a presença que preenche de imagens e ocupação de espaço, na escrita decifrada ao coletivo, os bailarinos Deise Costa, José Nascimento, Jeciane Sousa, Juliana Ribeiro e Rani Araújo que abrem simbiose e magnetizam os ritmos musicais em dadas canções, enquanto apoiam os cantores.


Os intérpretes cantam porque o instante existe, como diz a poeta Cecília, e a vida se completa no prazer de soltar a voz e revolucionar ato da canção em toda juventude transviada e salvam a sorte dos que herdaram o tempo de revisitar o tempo e a hora de ser como nossos pais. Um, ou outro, parece estar pouco à vontade, sem saber onde por as mãos, mas com certeza sabe muito bem colocar a voz a serviço do corpo musical que lhe salta da alma de artista.

Espetáculo amarrado com entradas e saídas, sem falsas pretensões de não ser musical, é musical e assume e detém tranquilidade e compreensão do proposto. Não há desdém, há arte e artistas empenhados em fazer o melhor e o melhor se estabelece na ousadia, na construção da experiência da repetição do exemplo e na saudável fortaleza de estar no lugar em que o universo conspira ao artístico.

As Nereidas Luana Campos, Giuliana Dias, Gabi Barreto e Kellyane Varela deslizam suave e brilhantemente pelas vozes que despertam o mito de encantar, através da melodias e performances vocais indispensáveis a qualquer estilo que contém o repertório. Luana, que me desculpem as outras belas cantoras, se destaca como cintilante Diva teen em incurso opera rock.


No contraponto se revelam os Nereus que são sons e suas vezes vocalizam bons apartes na emenda do Musical que se instala para versos, reversos e canções que, antes de mim e de vocês, têm essas vozes que ditam o cantar e enlear rock'n roll e outros pops sintonizados. André Nogueira, Fernando Muratori, Flávio Moraes, João Victor Rolim, Lucas Belchior, Lucas Coimbra, Matheus Targa, Rafael Marques, Ramon Nunes, Sérgio Barroso. Completam esse corpo cantante, o Backing vocal de Danandra Araújo e Dalmir Filho.

23 momentos que passam sem que se perceba e sobra uma sensação de quero +. Um breve intervalo do primeiro ao segundo movimento de New Time engrossa a fileira de boa expectativa e preenche ouvidos atentos.

Solos, duetos, trios e + coletivos variam o tema New Time que centraliza música e música em toda canção festejada.

(ao redor do fogo da canção In New Time/foto Edson Jr.)

Repertorio e artistas brindam beleza em: The show must go on (Flavio Moraes); Carry on My Wayward Son (André Nogueira e Fernando Muratori); Elepnhant gun (Lucas Coimbra);  My way (Lucas Belchior); Corazon partio (Matheus Targa); Princesas (Kellyane Varela, Luana Campos e Gabi Barreto);  Royals (Giuliana Dias); Sam Smith (Rafael Marques); Medley romântico (Rafael Marques, Sergio Barroso, Ramon Nunes); Creed (Matheus Targa e Giuliana Dias); Wish you were here (Kellyane Varela e Lucas Belchior); Thriller (Gabi Barreto).

E completam, esse efervescente New Time, o Solo instrumental autoral com Fernando Muratori e o dueto com Fernando e Luana Campos e + canções, Stainway to heaven (Fernando Muratori, Lucas Belchior, Sérgio Barroso e João Victor Rolim); Chandeller (Gabi Barreto e Luana Campos); Under pressure (Flávio Moraes e Sérgio Barroso); Hatuna matata (Lucas Coimbra, Matheus Targa e Ramon Nunes); In the end (João Victor e Rafael Marques); Feeling Good (Luana Campos); Everybody (João Victor, Lucas Coimbra e André Nogueira); Wannabe (Gabi Barreto, Kellyane Varela e Giuliana Dias); Medley Bruno Mars/Give it Away (André Nogueira e João Victor); Crazy in love (Gabi Barreto, Luana Campos e Kellyane Varela); Footloose (Ramon Nunes).

É muita cartada certeira tirada da manga musical e magia vocal e sonoridades festejadas em musical. Sam Smith, Medley, romântico, Bruno Mars, Princesas et al e sons em sons e tons e tais e mais de belas canções compartilhadas.
New Time atrai, não retrai, cria espectadores que se manifestam para amar, ou deixar passar sem qualquer desdém. New Time se estabelece e gera olhares de recepção muito particular como requer a teoria literária. É pra gostar e quem não gostou que gostasse, pois de livre arbítrio.

 "Acredito que a construção de um espetáculo nunca está finalizada, do contrário a busca da aproximação do que se quer não faria sentido. New Time nos traz um espetáculo pronto, com uma qualidade técnica e de um profissionalismo para agradar gregos e piauienses. Sim, é um NOVO TEMPO." , diz João Vasconcelos em sua page face (23.04.2015), ao retrucar comentário de Edson Jr. no texto New Time - A velha Arte de fazer bem!(page face Edson Jr./publicado em 22.04.2015 às 12:26).

Eu gosto e não nego. New Time está para a cidade, como tempo de novos que arbitram sinestesia, arma quentinha da forma de novas investidas e estéticas artísticas que, se não originais, mas qualidade da velha roupa colorida que verte-se de energia positiva e veste-se de arte viva.

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