sexta-feira, 27 de junho de 2014

As cores de Jucelino

Impulsos de pincéis
por maneco nascimento


A Casa da Cultura de Teresina recebe + uma exposição de resultado muito bom. 15 telas do artista plástico Jucelino Nunes. Painéis vibrantes de cores quentes conformadas pelos neutros e traços, entre o grave e o sutil.

                                             (memórias em diálogos/fotos cel. m. nascimento)

Tintas esmaecidas pela leveza contundente do pincel forte, em confronto com a delicadeza dos temas simples e, por vezes, variáveis à mesma ótica prospectada de memórias revisitadas e construídas em práxis de volta à mesma obra até o desfecho da assinatura.
                                               (brincadeiras infantis/fotos cel. m. nascimento)

A Exposição Jucelino Nunes foi aberta na noite do dia 24 de junho e fica aberta à curiosidade pública até dia 24 de julho, na Casa da Cultura de Teresina. A visitação é gratuita, os agendamentos de escolas podem ser feitos através do telefone 3215 7849 e quem curte novidade, esta é uma para não ser relegada. 
                                                                     
E, quando o assunto é arte pictórica, de estilo e identidade particular criativo, então vale a pena tirar um tempinho e conferir a obra exposta na Galeria de Arte "Lucílio Albuquerque", pavilhão superior da Casa da Cultura de Teresina.
                                                                   
Entre telas médias e painéis expressivos e de significados impressionantes na forma de resultados pictóricos, pinturas que passeiam como real e abstrato metamorfoseados, figuras que apropriam narrativas pictóricas do alegre e do turbilhão de presenças de águas, peixes, barcos, galos, mulheres, reflexos de espelhos e olhos que observam o tempo de registrar vida. 
                                                                          
A primeira exposição individual do artista, que já pratica  tintas e traços, riscos de aprender a aprender e exprimir a própria história do próprio pincel. Há mais de 10 anos investindo nas tintas, Jucelino Nunes já cumpre rito de passagem e o ritual imprime sua força criativa e criadora da arte pictórica.
                 (peixes e barcos em tormenta/fotos cel. m. nascimento)

"Jucelino Nunes, natural na cidade de Batalha-PI, é autodidata. De sua iniciação aos pincéis tem-se que para construir suas obras, teria mergulhado na revisita das memórias de brincadeiras de infância, a poesia, adolescência, música, nos trabalhadores, os artistas de palco, nas pessoas, pescadores, mulheres, paisagens e nos caminhos da vida. 

Seu interesse pelo desenho e pintura surgiu como observador de ilustrações em livros didáticos e livros de arte, encontrados em bibliotecas públicas. As primeiras experiências com pintura se concretizaram a partir de tinta guache e aquarela, reproduzindo retratos e paisagens, algumas copiadas do natural. As técnicas que introduziu em sua prática foram lápis (esfuminho), com preferência pelo 6B, o carvão vegetal sobre papéis texturizados. Com cartolinas, as caneta esferográficas e lápis de cor se instalam. Há em suas obras um nítido olhar que harmoniza luz e sombra equilibrado."

Entre os trabalhos detidos de sensibilidade e lavor de cores expressadas, "Galos", galos e suas formas para Picassos e novos abstratos concretos; "Libertinos", peixes e bocas em antropofagias do tempo se misturam com a mulher que descansa, enquanto em outro paralelo um reflexo, no espelho, sofre; "Porta", de fuga, as cores se mistificam em quentes e neutros para escuros e claros, luzes de liberdade; "Aquáticos", peixes em liberdades de antropofagia.
                                                       (obra Observador/fotos cel. m.nascimento)

Para a obra "Observador", refinado ao domínio do branco à tela, o olho que a tudo vê. O neutro dominante pincelado ao ponto do observador da obra, seja da lua à terra de cores quentes resfriadas, neutralizadas pelo branco.  "O Violeiro", o artista carrega às costas a própria arte, seu violão e seu repente em alma menestrel; "Pescaria", tormentas que vagam do peixe que antropofagia o barco, ou do barco devorando peixes, buscas mergulhadas em presencial de cores e sóbrios em revolucionados quentes.
                                                 (peixe cavalgado/fotos m. nascimento)

Às variáveis sobre mesmos temas, "Cardume", peixes voadores, tainhas, sardinhas em mar revolto de cores; "Traquinagem", três meninos do Brasil desempenham brincadeiras e pululam na cabeça de outros meninos; 'Pescador", um olhar de brinquedo em que pescador monta o peixe e cavalga nas ondas da felicidade. E ainda temas para "Brincando", correr alegrias em cores e pincéis; "Poesia", licença das tintas  que falam e "Amantes", para rostos e amores vertidos na tela em verticais. 

Em tantos eixos criativos, estilísticos e fora do conceitual fechado, belos  painéis se destacam entre toda a obra exposta. O artista inflaciona o mercado das artes visuais locais com qualificado dedo de Midas. 

É ouro pelos pincéis de domínio da própria arte revelada na Exposição Juscelino Nunes.

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