sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Cena de placar

Felicidade (in)festa
por maneco nascimento

Relações “trincadas”, ou truncadas, repercutem quase duas horas de espetáculo pé dentro, sem pausa para amenidades vazias. Ou quando muito, o descanso está disfarçado em teatro distanciado, em interações e intervenções humoradas com o público interlinkado o tempo todo.


Um triângulo, amoroso, de calcinhas e cuecas, investido de carinho possessivo, humor leve, breve e outras vezes cáustico ao caos nietzscheano. Exercício do ator e método, aparentemente despretensioso, para assegurar pretensão e ousadia cênicas que nunca descuidam da geografia dramática para dramas e comédias redundantes de propósitos da arte do fingimento, com práxis de convencimento inquestionável.
 
(triângulo das emoções/fotos divulgação)

Dois atores e uma atriz revezam e revelam as personagens da mãe, filha, pai, amante, namorado, filho, bebês e toda sorte de entrecruzamento linguístico para corpos que falam, riem, choram, dançam e reinventam a partitura corporal, sem desmerecer a linguagem da dança contemporânea, aplicada as verves dos corpos dos intérpretes.

Felipe Rocha assina o texto denso e fluido, num intrincável brinquedo de liberdades experimentadas às vozes, das personagens, inflexionadas para recepções que parecem convergir ao improviso textual e cênico.

Inteligente carpintaria, atraente e antropofágica da assistência dominada pelo canto das nereidas contemporâneas paridas das bocas de marinas, cecílias, anas, margareths, ou de nereus que contrapõem a polifonia feminina representada no enredo quente e apaixonante de “Ninguém falou que seria fácil”. Esse mesmo Felipe andeja graciosa e brechtniana pela cena em contributo de ótimo ator e co-diretor da festa para brinquedo delicado.

A Direção em dramaturgia de cena, de Alex Cassal, é instigante, dinâmica, atraentemente apreendida pelo público envolvido na trama. Não deve fogo à forja de Baco. Renato Linhares e Stella Rabello, numa aliança feliz com Felipe Rocha, travam uma “guerra de titãs” para livres, solidários, integrativos de felicidades divididas com a plateia, sem nunca perderem-se da segurança de encenar aos prazeres declarados à cena e ao cerne do fazer teatral para ciência e sensível ato de fingir.
 
(Felipe e Renato em Ninguém falou que seria fácil/fotos divulgação)

Está tudo lá para que não haja contestação de que Ninguém falou que seria fácil. A Iluminação, de Tomás Ribas; o Cenário, de Aurora dos Campos, a Direção Musical, de Rodrigo Marçal, os Figurinos, de Antônio Medeiros; a Assistência de Direção, de Ignacio Aldunate e a Direção de Movimento, facilitada por Alice Ripoll, se investem, se impõem em produto inteiro e redondo aos exercícios do bem fazer teatro.

Entre o neutro de abertura do espetáculo para uma discussão do casal sobre a perda da filha de três anos, o teatro se instala num calor indisfarçável de cena equilibrada e devotada à arte do ator. Índio, guerreiro shaolin, menina voluntariosa, mulher possessiva, pai superprotetor, filho dislexo, jovem moderninha, mulher liberada, bombeiro hidráulico safadão, entre outras incursões pelas personagens, preenchem as horas de doce e deleite de reinvenção, da atuação em mímesis, de cotidianos experimentados na pele dos intérpretes à franca imaginação carpintada.
 
(amores, cobranças, liberdades consentidas/fotos divulgação)

Stella, Felipe, Renato. Felipe, Renato, Stella. Renato, Stella, Felipe. Uma troca de personagens e os truques de convencimento que só a natureza do teatro propicia às respostas do bom teatro. Ninguém falou que seria fácil reverbera linguísticas, emoções para brinquedos, perigosamente indispensáveis, ao fluxo da comunicação quente retroalimentada pela força da atuação do triângulo, em vértices de dificuldades relacionais e discussão humorada das vezes e vozes de amor incondicional pela natureza das coisas e das causas humanas.


Ninguém falou que seria fácil. E não é mesmo. É arte insistida e regurgitada com precisão de obreiros da profissão de ser artista das cenas. Tá de bem, tá de sorte na bola sete. Ninguém falou que seria fácil é fato, inspiração livre, leve e solta e teatro a toda prova à cena nacional. Goool!

Expediente:
Ninguém falou que seria fácil
Identidade: Teatro - Grupo Foguetes Maravilha
Naturalidade: carioca do Rio de Janeiro - RJ
Estreia da peça: 2011 no Teatro Municipal Maria Clara Machado
Apresentação em Teresina: Teatro do Boi - Matadouro, às 20h
Temporada: 27, 28 e 29 de janeiro de 2014
Circulação: Programa Petrobrás Distribuidora de Cultura (PPDC)
Participação local: público excelente

Artistas festejam Sindicato

Ao SATED – PI, com amor
O Espaço Cultural Osório Jr./Complexo Cultural Clube dos Diários recebe neste sábado, dia 1º. de fevereiro, o evento Viva Sated-Pi, a partir das 5 horas da tarde. Para festejar o Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão, no Piauí, os artistas da cidade de Teresina e de Timon, no Maranhão, reúnem força de dramas e comédias, dança, música, performances e humor.
 
(Complexo Cultural Clube dos Diários/fotos divulgação)
Com o apoio do Complexo Cultural Clube dos Diários/Theatro 4 de Setembro, Fundac e FCMC, a meia Virada Cultural servirá de mote para a festa em vésperas de 2 de fevereiro. A proposta do Projeto é angariar fundos para a Carta Sindical do Sated – Pi. Para que a festa surtisse efeito desejado, estão envolvidos atores, diretores de cena, bailarinos, coreógrafos, músicos e intérpretes, humoristas e performers. 
As atrações confirmadas, Performances circenses, na abertura, e os infantis O Diário da Bruxa, do Grupo Proposta de Teatro (Timon – Ma) e o Chapeleiro Maluco, do Grupo Teatro da Tribo (Teresina). Dos espetáculos adultos, Abrigo São Loucas (Harém de Teatro); performance de Marcadas pela Culpa com Lari Sales e Edith Rosa; Estranho Espelho Meu (Grupo de Teatro Buriti) e o humorista Amauri Jucá. Na dança, Valdemar Santos, em Estudo sobre o Corpo 222; Cidade Elétrica (All Street Songs - ASS); Solo de Vitória Holanda; Darkson Michael e shows com Ricardo Totte, Vagner Ribeiro, Cecy Arcanjo e encerrando a hora musical a Banda Arranjo Roots, com músicos da Banda Cochá, participação de Zaqueu do Acordeon. A Banda base dos shows fica a cargo da Banda Municipal 16 de Agosto.
Antes que os relógios confirmem o dia seguinte, Zé Karlos di Santis e Júnior Afoxá, numa especial participação, apresentam “Para hoje, 1º., e dia 02, tempo de festa no mar, saudações ao Sated-Pi e à Iemanjá”.
A produção executiva do evento está a cargo de Silmara Silva, Adriano Abreu, João Vasconcelos e os artistas que estão doando seus trabalhos. Para João Vasconcelos, “Esse 1º. de fevereiro nunca mais será o mesmo, depois dessa noite. A partir das 5 da tarde, será só festa e alegria de artistas e espetáculos. A Criança acompanhada de um adulto está dispensada de pagar a entrada”, conta. O evento ainda está aberto a quem queira participar da campanha.Quanto mais artistas quiserem participar, será melhor. Uma meia Virada Cultural. Que Iemanjá nos abençoe”, acrescenta Vasconcelos.

(Público do Espaço Cultural Osório Jr.[Bar do Clube dos Diários]/fotos divulgação)
Todos os espetáculos acontecem no Espaço Cultural Osório Jr./Complexo Cultural Clube dos Diários. E, a partir das 5 da tarde, o público poderá chegar pelo portão lateral do Bar do Clube dos Diários, acesso pela rua 13 de maio. A entrada custará R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Para os espetáculos infantis, criança acompanhada dos pais não paga ingresso. Informações pelos telefones, (86) 9405 0037/8817 2201 e 9469 1702.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Encontro com a Casa

Scheyvan chega na Fundac
O Presidente empossado da Fundação Cultural do Estado – Fundac, Scheyvan Lima, reuniu-se na manhã do dia 29 de janeiro, quarta feira, no Auditório Luiza Sulica Vitória, com os colaboradores da Casa para apresentar-se oficialmente. O encontro ocorreu a partir das 10 horas e, como proposta dele mesmo, tratou a reunião de maneira informal, para demonstrar quem é e porque está hoje à frente da Fundac.
Scheyvan Lima foi apresentado por Jerônimo da Rocha, que ocupou o cargo como Presidente Interino, durante o período que antecedeu a chegada do novo Presidente. Na oportunidade, Jerônimo disse que o quadro de colaboradores da Fundac é composto de pessoas que mantêm, na simplicidade e respeito, a característica de receber bem as pessoas e que, dessa forma, estavam naquele momento recebendo o Scheyvan Lima.
Falou das expectativas das pessoas da Casa e que as mudanças existentes, serão naturalmente para atender aos rumos de ações da Fundac e “que cada Direção tem sua equipe”, acrescentou Jerônimo da Rocha. Apontou que o pessoal da Fundac sempre está disposto a demonstrar a habilidade de trabalhar o projeto que é a Fundação Cultural do Estado e apoiar o novo Presidente e sua equipe. 
Agradeceu a Deus pela oportunidade que dividiu à frente da Presidência Interina da Casa e também por perceber, em contato com o novo Presidente, que “seremos inseridos, contemplados em sua gestão. Resumir que mais uma vez a Casa será entregue a um novo Presidente, o Scheyvan Lima e a equipe que chega para apresentar-se à base administrativa que existe aqui”, disse. Finalizou suas falas dizendo que a melhor forma de acertar é ouvir e não só ver. O quadro da Fundac, reiterou, é de uma família, simples, humilde, mas comprometida com o trabalho. “Scheyvan verá nas pessoas, o que elas fazem e terá suas próprias conclusões”, declarou.
Scheyvan Lima abriu suas falas dizendo aos presentes que ninguém poderia saber, naquele momento, quemé o Scheyvan. Não vou dizer, agora, o que vou fazer, o que pretendo. Isso ocorrerá em seu momento oportuno. O Scheyvan não vai de modo algum desarticular esta Casa. Vim cumprir uma missão partidária, política e administrativa.  Vou querer a compreensão de vocês”, disse. Defendeu também ser artista e conseguiu naturalmente o cargo da Fundac, por estar envolvido também em ações culturais. Mas declarou que, embora tenha defeitos, “reconheço minhas qualidades, sou administrador, sei lidar com pessoas e com cultura”, salientou.
Discorreu o Presidente sobre respeito e confiança, requisitos fundamentais nas relações de trabalho e humanas. E disse que trabalha com feedback e que a relação de respeito só faltará quando o colaborador faltar com seu papel. Falou que assumir a pasta cultural é um trabalho de confiança e que pretende fazer valer o que lhe foi confiado. “Essa chuva inicial do Scheyvan é relativamente curta, mas o futuro a Deus pertence. E não vou abrir mão da prerrogativa de Presidente da Fundac. As decisões serão de acordo com as necessidades de trabalho”, completou.
Declarou, ainda, respeitar muito a classe artística e, como cidadão piauiense, a arte local faz parte de sua vida. “Não sou criador, mas sou espectador que é um pedaço da arte. Dizerem que não sou do meio artístico, não tem o menor valor”, se posicionou sobre a campanha apregoada contra ele nas redes sociais. E completou suas falas dizendo que “não sou ator, mas se for preciso eu faço também esse papel”, ao declarar-se natural do meio artístico. Pediu que não o rotulassem, dessem uma chance de conhecê-lo. Para encerrar apontou que sua vida é independente da Fundac, “gosto de fazer política e gosto de estar à frente da Fundac. Sou uma pessoa transparente como conheço poucos” e que gosta de manter relações sinceras, diretas e respeitosas. “Quanto à Fundac, me deixem opinar”, finalizou a reunião. 

Melodias e Toshs

Para Fadas e Reggaes
Os músicos e intérpretes Gomes Brazil e James Brito abrem o bocão nesta sexta feira, 31, no Espaço Cultural Osório Jr./Bar do Clube dos Diários, a partir das 19 horas. Aproveitando a última sexta feira do mês, os artistas prepararam um repertório quente e regado aos velhos e livres sucessos da MPB e hits do reggae que prometem balançar todo o corpo do público contumaz das noites musicais do BCD/Osório Jr.

(reggaes em Gomez e fadas em James/fotos divulgação)
Em show muito especial se vai poder ouvir acordes e sonoridades indispensáveis a ouvidos atentos. Fadas, de Renato Piau e Luiz Melodia, estará em cantos celebrados. Peter Tosh e tons em sons melódicos que ganharam o mundo desde Bob Marley e sua Jamaica festejada vão compor, também, melodias pulsionadas em vocais calientes. À noite não será cobrado o couvert artístico e às 21 horas, em ponto, correrá um bingo de um Tablet.
Música de qualidade, diversão e entretenimento e, para vingar mais emoção, um Tablet novinho em folha entra no jogo da sorte, impreterivelmente às 21 horas. A canção brasileira de pops, rocks, rocks melodys, bossas em nossa e reggae (uma “pedrada” na cabeça) na forma musical.
Melodia e Tosh visitados em Show Para Fadas e Reggaes, só nesta sexta feira, 31 de janeiro, a partir das 19 horas, no BCD/Espaço Cultural Osório Jr.
Compre essa ideia e cumpra a sorte da felicidade festejada. A Entrada é Franca.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Novo Presidente

Scheyvan Lima assume a Fundac
 No início de tarde da terça, 28 de janeiro, tomou posse no cargo de Presidente da Fundação Estadual de Cultura – Fundac o agitador cultural da região da grande Dirceu, Scheyvan Lima. Em prestigiada assistência de amigos, líderes comunitários, companheiros de vida política, familiares, artistas, diretores de casas de cultura do estado e políticos da pasta governamental, Scheyvan foi empossado pelo governador do Estado, W. Martins, no Salão Branco do Palácio de Karnak. 






(Governador W. Martins e Scheyvan Lima, Presidente da Fundac/divulgação)
Scheyvan Lima, com formação acadêmica em Administração de Empresas, detém em seu histórico a prestação de serviços como líder político comunitária na região do Dirceu Arcoverde, onde foi Presidente da Associação de Moradores do Itararé – AMI. Passou também pela Presidência da Fundação Wall Ferraz. Dessa feita, recebeu o convite para administrar a pasta da cultura do estado e disse ter recebido a responsabilidade com alegria e compromisso em manter a arte e cultura nos patamares conquistados em Teresina e em todo o Piauí.
(Toinha Santos e o Pres. da Fundac, Scheyvan Lima/divulgação)
Scheyvan Lima, em seu discurso, declarou que esse é um dia especial. Muito mais especial é para todos os piauienses, artistas de todas as classes e gêneros.” Disse estar à frente dessa responsabilidade, confiada a ele pelo governador do estado, para desenvolver um trabalho para o qual se julga apto. “Estou aqui para demonstrar meu trabalho, com honestidade e comprometimento. Sou apaixonado pelas culturas piauienses”, acrescentou. 
Lembrou que, em décadas passadas, foi convidado por Anselmo Dias para assumir os assuntos culturais da Associação de Moradores do Itararé e, desde então, vem desempenhando interesses e esforços para a cultura. “Hoje ocupando o cargo governamental da cultura deste estado, o faço por amor à cultura do Piauí. Amor ao estado e respeito absoluto a todos que fazem arte no Piauí”, finalizou.






(Scheyvan Lima, em dia de posse, e Zezinho Ferreira/divulgação)
O Palácio do Karnak nunca esteve tão prestigiado em dias de posse de um Presidente da Fundac. A juventude comunista, secretários de estado e ex-companheiros do partido também vieram dar as boas vindas ao novo representante da arte e cultura na pasta de ações e políticas culturais para o estado. Inquirido sobre o prestígio observado na posse de Scheyvan Lima, especialmente de muitos companheiros do partido, Airton Martins declarou que não existe ex-comunistae reiterou a alegria de participar do momento de posse de Scheyvan à função de Presidente da Fundac.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Quanto Vale o Show

Noites quentes
por maneco nascimento

Quanto vale o show? Vale a novidade, a juventude que essa brisa canta, a cidade musical, a Banda de terra que pede passagem e a diversão e entretenimento, porque Teresina urge arte e cultura dinamizada.

O Projeto QUANTO VALE O SHOW entrou na Estação de Lançamento e, nesta quarta-feira,  29 de janeiro de 2013, no Bar do Clube dos Diários/Espaço Cultural Osório Júnior, às 19 horas, a Banda RUA DE ALUGUEL convida a noites musicais. 


No período em que o BOCA DA NOITE cumpre recesso, o Bar do Clube dos Diários faz a sua parte e mantém a chama acesa nas noites de quartas feiras, enquanto o Boca não dá o ar da graça e retorna ao seu metier.
(Banda Rua de Aluguel, no BCD/divulgação)

Por hora, nessas noites do centro da cidade que não dorme no ponto, o Bar do Clube dos Diários é show e o novo Projeto responde pela música que a cidade domina. Nesta quarta feira, 29, a estreia é da Banda Rua de Aluguel e você é o nosso  convidado especial. 

A entrada é FRANCA e a sua participação é francamente indispensável para o momento do chapéu ao artista que marca a noite com sua dinâmica de arte e cultura atomizada na canção.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

É talento!

A nossa Bibi
por maneco nascimento

O texto de reabertura do "Projeto Eu, Você e o Teatro da Minha Vida" que anfitrionou o espetáculo "Apenas um Saxofone", na terça feira, 14 de janeiro de 2014, no Bar do Clube dos Diários, tinha estilo e bom humor.

 "Boa Noite! Enquanto todas as Casas de espetáculos da cidade fecham, a gente reabre com o Projeto Eu, Você  e o Teatro da Minha Vida, ou Terças Cênicas, popularmente conhecidas. É tradição, logo após o término dos espetáculos, passar o chapéu. Preparem o aqué, a Claudinha precisa voltar para Brasília. O espetáculo desta noite é made in Brasil Brasília Piauí. Premiada com 'Apenas um Saxofone', direção de Wilson Costa, Cláudia Amorim bateu asas para Brasília e retorna para abrir o Projeto neste ano que se inicia. Agradecemos ao público de 99, 98% de amigos da atriz, mais família, que aqui compareceu. Na equipe técnica Edson Jr. e Jesus Viana. Sejam todos bem vindos! Tenham um ótimo espetáculo. Conosco: 'Apenas um Saxofone', com Cláudia Amorim." (BCD, 14. 01. 2014)
(Claudinha é Luisiana em Apenas um Saxofone/divulgação)

Cláudia, de férias em Teresina, no período do final do ano de 2013, resolveu antes de voltar a sua vida, no DF, em janeiro este, nos brindar com um espetáculo montado na década de 1990, com direção de Wilson Costa. À época já havia uma virtuose interpretativa da atriz em dramaturgia construída a "Apenas um Saxofone", adaptação a partir de conto homônimo de Lygia Fagundes Telles. Com este espetáculo recebeu um Prêmio de Melhor Atriz, no FestMonólogos "Ana Maria Rêgo". Os dias ganharam seu tempo e, nesta reinvestida a sua terra e palcos locais, trouxe um espetáculo mais encorpado qual vinho amadurecido, trinta anos.
(reveses de solidão e histeria em Apenas um Saxofone/divulgação)

A Claudinha, de sempre, com uma energia de boa atriz que sempre foi, é um furacão em cena. Sua construção para Luisiana é fatalmente dramática e concentrada na verve da personagem que vagueia pelo regurgitamento de memórias do passado, amores, encontros e desencontros, paixões aforadas e perdas e danos no quarto, sala e solidão, adquiridos com a falha trágica. Uma mulher rica, em crise de identidade e vivência de desencontro amoroso, submergindo em caos existencial e reverberando, aos próprios ouvidos, a perda de referenciais. Encontra na atriz inflexões entre o econômico e a distenção de impacto ardente na explosão do sentimento. 

"Anoiteceu e faz frio. ”Merde! voilá l’hiver”, é o verso que, segundo Xenofonte, 
cabe dizer agora. Aprendi com ele que palavrão em boca de mulher é como lesma em 
corola de rosa. Sou mulher. Logo, só posso dizer palavrão em língua estrangeira, se 
possível, fazendo parte de um poema. Então as pessoas em redor poderão ver como sou 
autêntica e ao mesmo tempo erudita. Uma puta erudita, tão erudita que se quisesse podia 
dizer as piores bandalheiras em grego antigo, o Xenofonte sabe grego antigo. E a lesma 
ficaria irreconhecível como convém a uma lesma numa corola de quarenta e quatro anos 
e cinco meses, meu Jesus. Foi rápido não? Rápido. Mais seis anos e terei meio século, 
tenho pensado muito nisso e sinto o próprio frio secular que vem do assoalho e se 
infiltra no tapete. Meu tapete é persa, todos meus tapetes são persas, mas não sei o que 
fazem esses bastardos que não impedem que o frio se instale na sala (...) Li ontem que já estão comendo ratos em Saigon e li ainda que já não há mais 
borboletas por lá, nunca mais haverá a menor borboleta... Desatei antão a chorar feito 
louca, não sei se por causa das borboletas ou dos ratos. Acho que nunca bebi tanto como 
ultimamente e quando bebo assim fico sentimental, choro à toa (...)" (Apenas um Saxofone/LFT) 

Cláudinha Amorim, a nossa pequena notável Bibi, teve seu tempo de convivência aqui em Teresina, nos palcos da vida em busca do bom teatro amador e, em seguida, já mais treinada, resolveu bater retirada rumo a Brasília. Precisava estudar teatro, formar-se e continuar na carreira que escolheu para si.

Conseguiu intento e devora as palavras em cena. E, nessa construção da personagem, indica fôlego de ótimo alcance de convencimento e retorno do investido na arte do fingimento. Sua Luisiana tem charme, estilo, detém a atenção do público. Reinveste,  a atriz, as palavras da personagem, às vezes da autora, e encorpa ensimesmada interpretação de vida versejada do invisível ao visível irresistível. 

"(...) Tenho um iate, tenho um casaco de vison prateado, tenho uma coroa de 
diamantes, tenho um rubi que já esteve incrustado no umbigo de um xá famosíssimo, até 
há pouco eu sabia o nome desse xá. Tenho um velho que me dá dinheiro, tenho um 
jovem que me dá gozo e ainda por cima tenho um sábio que me dá aulas sobre doutrinas 
filosóficas com um interesse tão platônico que logo na segunda aula já se deitou 
comigo, vinha tão humilde, tão miserável com seu terno de luto empoeirado e suas 
botinas de viúvo que fechei os olhos e me deitei, vem Xenofonte, vem (...)" (Idem)

Cláudia Amorim é formada pela Faculdade "Dulcina de Moraes", com Licenciatura Plena em Artes Dramáticas, no ano de 2010, em Brasília. Especializou-se na área de Orientação Educacional, na Faculdade Darwin, no Distrito Federal e leciona na rede pública de Goiás. A atriz aponta que para um mestrado "vou focar na área de teatro e concorrer à UNB, quando chegar março", afirma Claudinha.

Nos palcos de Brasília, encenou espetáculos na companhia do Grupo Alvará para Loucura. Entre as montagens, "Espetat La Mute", adaptação de texto a partir de obra de Caio Fernando Abreu, e "Mulheres", que construiu-se dramaturgia a partir de músicas, textos teatrais e poesias, de autoras (poetas brasileiras). Na área de oficinas de formação de elenco, desenvolveu três experiências. Uma de Teatro de Sombras; Fragmentos - resultado com produção envolvendo músicos e Exercícios Cênicos, dentro de Escolas com o público de professores para abrir perspectivas de dialogismo com os educandos.

Em 2014, Claudinha planeja a montagem de "A Carne seca é servida", em que dividirá cena com Raquel Ely. Torquato Neto e sua obra deverão ser revisitados e ganhar dramaturgia de teatro vivo, bem ao estilo de nossa querida Bibi. Cláudia Amorim, é natural de Teresina, terra do soul do equador, de sonoridades a corpo e memorial cênico. Para poetas, escritores, dramaturgos e autores dramáticos sorri, como quem despe o santo e veste o manto para divindades miméticas reinventadas. Sabe ser atriz.
(Claudinha e as amigas Marcela, Eliete e Soraya no BCD/divulgação)

Em "Apenas um Saxofone", que passou por aqui em dias de verão, confirma presença na cena e palcos para história e memórias do teatro brasileiro. Enquanto passam bondes e chamam desejos e vontades, o "Eu, Você e o Teatro da Minha Vida", das terças feiras, do Bar do Clube dos Diários, continua de vento em popa.

O Projeto não poupa nenhum(a) artista, acolhe a todo(a)s que queiram ocupar espaço de encenação alternativa. Depois de Claudinha, já passou também a Cia. Dança Beth Bátalli , dia 21, e a vida segue.

O gostinho bom das cênicas, feito polpa de fruto maduro em serviços de bom degustar, está lá no BCD. A vida cultural prossegue e o Projeto rompe o mês, sem esperar a queda do dia, gera teatro. Evoé, Baco!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Pronatec Cultura

Profisionalização Técnica no Piauí
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec chega também para a área de cultura. No diverso da oferta, de âmbito nacional, conforme previsão no Guia Pronatec de Cursos de Formação Inicial e Continuada – FIC, a formação profissional técnica para trabalhadores de cultura oferta cursos de Agente Cultural, alfaiate, artista aéreo, assistente de camarim, assistente coreógrafo, assistente de produção cultural, auxiliar de cenotécnica, brincante de rua, cantor popular, contrarregra, costureiro, dublador, editor de animação, editor de projeto visual gráfico, editor de vídeo, eletricista de Teatro e audiovisual, equilibrista, figurinista, fotógrafo, iluminador cênico, mágico, malabarista, manipulador de formas animadas, maquinista, operador de áudio, regente de banda, regente de coral, entre outras.
Para Teresina e interior do estado, no Eixo Produção Cultural/Design, serão oferecidas vagas a 12 cursos nessa primeira etapa. Teresina abriga os cursos de Assistente de Produção Cultural (25 vagas); Assistente de camarim (20 vagas); Maquiador cênico (25 vagas) e Iluminador cênico (25 vagas).
No interior, quatro cidades recebem os cursos. Em Floriano serão ministrados cursos de Operador de áudio (20 vagas), Iluminador cênico (20 vagas). Parnaíba recebe os cursos de Sonoplasta (20 vagas) e Operador de áudio (20 vagas). Bom Jesus terá o curso de Agente Cultural (25 vagas) e Campo Maior o de Agente Cultural, também para 25 vagas.
Os cursos oferecidos terão carga horária de 160 horas e serão realizados nas unidades Teresina Centro Cultural Theatro 4 de Setembro, Teatro do Boi e Casa da Cultura de Teresina. No interior serão realizados nas Casas de Cultura mantidas pelo Governo do Estado, através da Fundac. Para ingressar nos cursos os interessados deverão ter 16 anos completos, com ensino médio completo ou em andamento.
Além da formação técnico profissional, adquirida através da oferta de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), os aluno(a)s receberão uma Bolsa- Formação Trabalhador. Os beneficiados pela Bolsa-Formação Trabalhador terão direito a vagas gratuitas, a todos os insumos necessários ao pleno desenvolvimento do aprendizado (inclusive material didático e escolar) e a assistência estudantil relativa à alimentação e ao transporte de ida e retorno do local em que as ofertas são realizadas. Os parceiros demandantes iniciais do Bolsa-Formação são o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através do SINE; o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS);  o Ministério da Defesa (MD); o Ministério do Turismo (MTur) e as Secretarias Estaduais de Educação.
A Primeira Fase do Pronatec Cultura (I), em Teresina e nas cidades do interior, já selecionadas, ocorre de março a junho de 2014. O Pronatec Cultura II (Segunda Fase) que será realizado, no segundo semestre, de julho a novembro, ofertará outros cursos. A Fundação Cultural do Estado – Fundac se enquadra no Programa de Cursos de Formação Inicial e Continuada – FIC e Bolsa-Formação Trabalhador e será responsável pela coordenação dos cursos ministrados no estado. As demandas aos cursos em 2014 terão  dois ofertantes, o Instituto Federal do Piauí – IFPI e o SEST/SENAT.
Para o coordenador do Pronatec Cultura local, Francisco Pellé, o Programa visa promover uma formação técnica, fazendo recorte na área da cultura em que há uma defasagem de profissionais, não tem muita formação. O Pronatec Cultura visa capacitar esses jovens a desenvolverem uma profissão na área da cultura e abrir empregabilidade no ramo que exige um novo quadro de profissionais para esse mercado específico”, defende.
A pré-matrícula ao Pronatec Cultura pode ser feita na sede da Fundac, Praça Marechal Deodoro da Fonseca, centro, com o coordenador Francisco Pellé. Os documentos necessários, Carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. A matrícula, no segundo momento, será feita pela internet, diretamente com os ofertantes dos cursos. Informações pelo telefone 3221 7666.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Escola de Música

EMT: matrículas abertas

A Escola de Música de Teresina abre, a partir desta segunda feira, dia 20, as matrículas da Instituição. A renovação de matrículas aos veteranos, bolsistas e não bolsistas ocorrem nos dias 20, 21 e 22 de janeiro. Nos dias 23 e 24 abrem-se novas matrículas, para novatos, aos cursos de violão popular e clássico, guitarra, contrabaixo. Para o violão popular o matriculado não precisa ter iniciação. Já para as aulas de clássico, guitarra e baixo, o(a) aluno(a) precisará ter a base de violão popular. A faixa etária é a partir de 8 anos de idade.








(EMT: aula de violão/divulgação)

Dia 27 de janeiro serão abertas matrículas para Canto Infantil e Adulto. As matrículas para cavaquinho, violino, rabeca, chelo, oboé, flauta doce e transversal, a clarineta, trompete, trompa e bandolim ocorrem dia 28 de janeiro. Não é necessário ter pré-requisito e a idade mínima de acesso é de 8 anos de idade. Também nesta data há a matrícula para aulas de sax. A idade acesso é de 10 anos de idade. No dia 29, será a vez das matrículas para Musicalização Infantil para crianças a partir de 6 anos de idade e de Iniciação Musical, através da flauta, violão, teclado ou piano para crianças a partir de 7 anos.








(EMT: aula de piano/divulgação)

As matrículas para piano, teclado e acordeon serão feitas dia 30 e a idade é a partir de 10 anos. Dia 31, final do período de matrículas, contempla o ingresso de aluno(a)s para o curso de bateria. A idade de iniciação é de 10 anos de idade.
No ato da matrícula, os documentos necessários serão os originais de CPF, dos pais ou responsáveis pelo menor, para preenchimento do cadastro e fotos 3 X 4 da criança. A taxa de matrícula é de R$ 25,00. Os aluno(a)s da rede pública de ensino do estado pagam a taxa especial de R$ 15,00, mas deverão apresentar a comprovação escolar, através da Declaração da escola em que estudam. Estudantes da rede estadual de ensino não pagam mensalidade, só a taxa de matrícula diferenciada.
O horário de matrículas é das 8h da manhã até às 17h. As vagas são limitadas. Os cursos são oferecidos nos turnos da manhã, tarde e noite. E funcionam com duas aulas por semana, uma teórica e uma prática. As aulas da Escola de Música de Teresina começam dia 3 de fevereiro.







(EMT: aula de bateria/divulgação)

A Escola de Música de Teresina oferece em média de 750 a 800 vagas e está situada no endereço da Rua Paissandu, na Central de Artesanato “Mestre Dezinho” – 1º. Andar, Praça Pedro II. Telefone para informações, 3221 6367.

Dramaturgia infantil

Lúdico e poético
por maneco nascimento

A obra foi premiada no ano de 2009 em Concurso Literário Novos Autores, promovido pelo aparelho municipal de cultura, mantido pela PMT. O Prêmio Cidade de Teresina, divulgado sempre no mês de aniversário da cidade, agosto. A Viagem da Mochila, de Jean Pessoa, é o nome da obra que recebeu o Prêmio de 1o. Lugar, na Categoria Texto para Teatro.

Demorou três anos para ser editado e em fins de 2013 o autor premiado teve às mãos a obra publicada. É uma ótima viagem de leitura e se consegue ler, de uma tirada só, e absorver boas doses de humor aplicado à fantasia e diversão garantida pela história inteligente, ágil de compreensão e cunhada para fazer-se entender por leitor de qualquer idade, embora tenha direcionamento para garantir que o público alvo seja fisgado de primeira vista.

A literatura é para criança e o mote é a felicidade na forma de licença poética, cheia de aventuras, encontros e amizades sinceras e solidárias. Mochila falante; cachorro que namora uma gatinha e tem problemas de amnésia; adolescentes em busca da mochila desaparecida; estrela cadente, filha do sol, que é hóspede do fundo do mar; peixe voador que é o herói da história. Esses são alguns bons elementos compostos à narrativa de objetos animados em diálogo com bichos e corpos celestes e "viagens" divertidas e fantásticas.

Enredo criativo, de linguagem infantil  e direta, com diálogos eficientes e soluções inteligentes. Foge do óbvio e apresenta novidades na reinvenção da memória afetiva do autor que não é muito diferente da de qualquer pessoa que teve infância e manteve guardados para recuperação de linguagens e brincadeiras que não perderam seu tempo de existência e ganham retorno na falas ágeis de magias e sonoridades de  brinquedos quase onomatopeicos.

Obra de liberdade de ação literária para ninguém botar defeito. A Viagem da Mochila deixa o autor Jean Pessoa em estado de conforto, por trazer um livro que naturalmente irá gerar atração do público que tiver às mãos a saga da Mochila falante e independente. Texto de energia inteira, tanto no caráter de construção literária quanto de efeito fabuloso. Ao se ler a história vai-se construindo, na cabeça, as cenas que preencheriam no palco a dinâmica do drama infanto juvenil.

A Viagem da Mochila é uma viagem muito legal. E impulsiona literatura para dramas e leituras de agradável sabor. É para devorar sem cerimônias e rir, porque tem alegria e economia humorada na vida do texto construído para dar certo. Acertou na linhas, nas entrelinhas e para além das linhas escrevinhadas.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Lenir Argento vive!

Escola de Dança Lenir Argento abre matrículas

Estão abertas as inscrições para teste seletivo de iniciantes e matrículas de veterano(a)s da Escola de Dança do Estado Lenir Argento. Iniciadas nesta segunda feira, 13, as inscrições e testes seletivos para ingresso na Escola, encerram na sexta feira. Já na segunda feira, 20, será divulgada a relação dos aprovado(a)s no teste, quando serão feitas as matrículas de quem conseguiu bons resultados de aptidão à dança. A renovação das matrículas de veteranos também segue o cotidiano desde o dia 13 de janeiro. As aulas da Lenir Argento reiniciam dia 3 de fevereiro.

Para o teste seletivo são absorvidas crianças com faixa etária a partir de 6 aos 12 anos de idade. Neste ano estarão sendo abertas duas turmas alternativas para clientela dos 13 aos 17 anos. Também é necessário o teste seletivo. 

Haverá ainda a turma de Dança Contemporânea para jovens e adultos. Pelo grande número de inscrições, para todas as vagas abertas, o teste seletivo será o definidor de quem assegurará uma vaga.

As duas turmas alternativas de dança irão abrigar aqueles que já estiveram na Escola ou academias, fizeram dança, detêm alguma experiência ou já trabalhem como profissional da área.

O diretor da Escola de Dança do Estado Lenir Argento, o bailarino e coreógrafo Datan Izaká diz que "as aulas terão conhecimento básico do clássico, moderno e contemporâneo e as variações da desconstrução da partitura do corpo. As aulas serão para quem está querendo dançar, voltar a dançar". A perspectiva "é abrir turmas de informação para profissionais da dança que já desenvolvem essa linguagem no município de Teresina e pessoas que detenham afinidades já avançadas na dança e que queiram ampliar a formação já contida na prática da dança", completa Izaká. 











(aula de contemporâneo na Escola de Dança do Estado Lenir Argento/divulgação

As inscrições, testes seletivos para iniciantes e a renovação de matrículas de veterano(a)s acontecem no endereço da Rua Paissandu, 1275, no Centro de Artesanato Mestre Dezinho, na Praça Pedro II. Telefone para informação, 3221 7532.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Dever cumprido

 Bid Lima deixa a Fundac

A atriz e arte educadora Bid Lima deixa a Fundac com o sentimento de dever cumprido. Ao reunir diretores de Casas de cultura do estado, funcionários da Fundac, assessores diretos e amigos, no Auditório "Luiza Sulica Vitória, na manhã do dia 9 de janeiro, Bid Lima disse estar feliz por mais uma etapa concluída de serviços prestados à cultura do estado. 

Agradeceu a todos pela cooperação e apoio recebidos e confirmou sua paixão pela arte e cultura, porque sendo atriz e cidadã também se sente responsável  pela dinâmica de ações e políticas culturais para a cidade de Teresina e todo o Piauí. "Acredito que deixo alguma coisa boa para ser aproveitada. Espero sinceramente que tenha ficado algo de muito bom, com minha equipe 'relax', mas com muito compromisso pelo realizado e que reflete em perspectivas futuras plantadas na Fundac", apontou. 

Lembrou de projetos que ficam para serem continuados, como as mudanças na Lei do SIEC que ampliaram o poder de apoio a projetos culturais; a reforma, já em andamento, do Theatro 4 de Setembro, que começa a receber os serviços para uma nova caixa cênica, luz e som; a adesão ao Conselho Nacional de Cultura; o Sistema SPDA; reformas e reabertura de Casas de cultura no interior, abrigando as cidades de Picos, Pedro II, Floriano.

Os resultados de conquistas, possibilitadas pela sensibilidade do governador Wilson Martins, que confirmam uma "sementinha colocada para ser regada. E que precisa receber o zelo de todos da Fundac. A Fundação é feita por todos que compõem a Casa. O esforço de todos contribuirá, com certeza, para o bom andamento de qualquer administração e acredito na continuidade que deverá ser mantida pelas pessoas que efetivamente compõem o corpo da Fundac", completou.

Alegou ter boas lembranças que serão levadas consigo. As dificuldades e desafios foram enfrentadas com muita coragem e apoio de todos. Trabalhar sempre é o tema cultural que deixa como exemplo, já que esteve presente em momentos de muito trabalho conquistado.
(o sorriso de Bid Lima em ação cultural da Fundac/divulgação)

"Deixo o abraço, o sorriso e a esperança para que a Fundac continue funcionando muito bem. Devo desculpas a quem não conseguiu alcançar a minha maneira de administrar e peço que levem o meu abraço e toda paz aos que não puderam estar aqui nesse momento. Volto à minha função de artista. Continuarei vindo aqui para desempenhar minha profissão de atriz e relações que nós artistas mantemos com esta Casa. E quem quiser me encontrar em outras circunstâncias, será bem recebido no gabinete do deputado Fábio Novo, para onde volto ao trabalho de assessoria, ou no Theatro 4 de Setembro, minha segunda casa. Saindo de campo, tirando o figurino, quem quiser me ver terá que ser nos palcos", finalizou.
(Bid Lima e J. da Rocha na passagem de cargo/divulgação)

Em seguida passou a palavra ao Presidente Interino da Fundac, Jerônimo da Rocha, que agradeceu as palavras carinhosas de Bid Lima, reiterou suas falas e acrescentou não ser fácil "substituir esta pessoa que passou pela Fundac durante esses três anos. Ela chegou muito empolgada e quando sai mantém esse sorriso, alegria e bom humor que são característicos. Acredito que Bid Lima é desculpada por todos e as portas estarão sempre abertas", disse Jerônimo.
(Jerônimo da Rocha, Presidente Interino Fundac/divulgação)

Pediu o apoio de todos, acrescentando "não ter intenções de mudar o ritmo das coisas, a não ser que receba uma ordem superior. Estou interino, acredito em quem vier para assumir essa função que ora devo desempenhar. Quem chega vem cheio de energia e estamos prontos a receber novos desafios e novas ideias", completou ao encerrar o encontro.