quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Humanismo é saudável

Memórias socioeducativas
por maneco nascimento

As sociedades modernas e nosso tempo de políticas afirmativas e de educação social nos possibilitam boas imagens e signos que podem cumprir o perfil de estarmos mais próximos de novas perspectivas de vida e compreensão da diversidade humana e seus papéis de livre arbítrio, condição sócio étnica, sexual ou do entendimento do individual ao coletivo à educação em saúde.

As imagens falam por si mesmas. Nesse último outubro rosa, uma imagem divulgada nas redes sociais criou impacto da diferença, da fuga do lugar comum e da coragem de representar zelo social pela saúde da mulher. Corro o risco de reduplicá-la, mas a causa é de registro de memória e reflete a nobreza da exposição do modelo doméstico, mas de muito boa intenção em atenção ao outro.
(amigo do peito, Erlon Manfio, em outubro rosa 2013/imagem de facebook)

No mês da consciência negra, novembro, outra bela imagem circulou e suas falas sociais estão representadas no flagrante de estética e depuro fotográfico. Diz tudo por si mesma.  Olha esse gênero textual que transita para olhar e recepção do público a quem o artista dedica sua obra fotográfica. No individual o discurso do coletivo. Do eu ao outro. Da obra à arte de interagir cultura de aproximação e integração social.
(amiga do peito. foto interagida por Cida Bispo nas redes sociais/divulgação)

Exemplo de artista que foi adotado pela Bahia e filho da terra de Todos os Santos, Carybé educou com sua arte à transversalização cultural entre África e Brasil. Identidades e pertencimentos de aproximação de diásporas realizadas e memórias sociais interrelacionadas.
(homens, mulheres e santos na crônica pictórica do argentino Carybé/acervo da Casa do artista)

Pierre Verger, antropólogo, etnólogo, fotógrafo e filho da Bahia de São Salvador, por opção apaixonada, era o francês de alma brasileira que viajou nações de África, Brasil e Caribe, registrou para ciência de antropologias ampliadas e para estética do flagrante fotográfico em imersão na diáspora e afrodescendência de cultos, religião, vida, cotidianos e cosmologias da cultura primordial. Educação social e interação cultural. 

Atenção ao cotidiano, às manifestações religiosas, à crença nas sociedades, suas peculiaridades e diferenças na igualdade das manifestações sociais espelhadas.

















(filhas de santo no terreiro da fé/foto acervo Verger)

E o signo do maior exemplo de expressão da luta pela liberdade aos direitos humanos, Nelson Mandela. O querido Madiba que libertou-se da própria nobreza cultural familiar para agregar o sentimento nobre de justiça igualitária, política de liberdade, resistência não-violenta. Fundou seu país a posturas democráticas em uma sociedade multiétnica. Símbolo imbatível da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, Mandela faz parte imbatível de toda África que nos inclui e aproxima territórios de humanismo e justiça conquistados.
(querido Madiba, pai da pátria moderna sul africana/divulgação) 

Nelson Rolihlahla Mandela, advogado dos direitos humanos e mais importante líder da África Negra. No último dia 5 de dezembro de 2013, a aldeia local e os filhos da diáspora africana, em redor do mundo, reuniram-se para aceitar a "passagem" de nosso Nobel da Paz, primeiro presidente da África do Sul livre e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
 (o homem e sua pátria, memória social de liberdade/divulgação)

Um gesto faz a diferença. Amigo do peito, amiga do peito, filho da integração de pátrias, pai da pátria livre. A ação humanista é sujeito da história. Memórias sócio educativas transformam as sociedades.

Assim caminha a humanidade e a resistência social modifica o mundo em nosso redor.

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