segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Para registrar

Para registrar
por maneco nascimento

Já se vai quase um mês desde que vi uma montagem escolar de “O Lago dos Cisnes”. Crianças de diversas idades, concentração fechada no ensaiado e todo um empertigado artístico de estarem fazendo o que gostam por escolha, dançar.


 A adaptação, para o palco do Theatro 4 de Setembro, vinha da Escola de Dança do Estado do Piauí “Lenir Argento” , que apresentou o resultado de final de ano (2012), nos dias 18 e 19 de dezembro, em sessões das 16h e 19 horas.

Conferi a sessão das 19 horas, do dia 19, numa noite bem disputada por pais, amigos, parentes outros, curiosos, professores e olheiros do trabalho alheio para virem onde funcionou, ou não. 

Funcionou muito bem a montagem de “O Lago dos Cisnes”, com a comunidade de escolandos e professores da “Lenir Argento”. E como resultados não vêm sem uma delegação constituída para insuflar a dinâmica de arte, então estiveram lá dando o gás ao objeto finalizado a equipe da Escola, Datan Izaká de Araújo Fortes (Coordenação Geral) e Paulo Beltrão (Coordenação Pedagógica) e Ana Melo, Datan Izaká, Janaína Lobo, Jandira Leite, Paulo Beltrão e Weyla Carvalho (Coordenação Político-pedagógica).

Como me informou, durante a apresentação de 2ª. Sessão do dia 19 de dezembro, a também professora Weyla Carvalho, todo o trabalho de montagem começa com prazo de três meses em aulas isoladas nos níveis de aluno(a)s para a criação e ensaios das coreografias. Depois se realizam os ensaios coletivos que dão o formato final do resultado visto. 

(exercício clássico na Escola "Lenir Argento/foto: www.cultura.gov.br) 

A montagem envolve desde crianças, adolescentes, jovens aluno(a)s, professores da instituição e convidados. Também carecem, isto se viu durante o espetáculo, adaptações para contemplar todo o corpo de estudantes da Escola.

O que foi apresentado naquela curta temporada (18 e 19 dez. 2012) da Escola de Dança do Estado do Piauí “Lenir Argento” nunca seria de se jogar fora. Grupos de bailarin(o)as aspirantes a profissionais da dança, demonstrando o seu melhor e preservando a identidade do laboratório formador de futuros artistas/técnicos da linguagem do clássico, enquanto escola de tradição e método escolástico.

Crianças lindas, adolescentes envolvido(a)s e jovens continuadores da técnica assimilada em sala e devolvida ao público atento e muito interessado. A estética da obra presente em um coletivo envolvente, não sem que houvesse uma facilitada técnica e dinâmica artística que impregnavam os futuros bailarino(a)s posto(a)s à prova.

Os figurinos, assinados por Raimunda Nunes Fortes, e confeccionados por Raimunda Nunes Fortes, Dilma Fortes, Kleriane Amorim, Hilma, Mara, Toínha, Aureni Oliveira, Marlene Carvalho e Victória, davam uma clara idéia da identidade, em segunda pele, das personagens interpretadas no drama. Os adereços de Kleriane Amorim e Wilson Costa, cenário de Magriff Muller completavam, junto com o mapa de luz aplicado por Renato Caldas e Pablo Gomes, o desenho de palco à cena realizada.

Os artistas de cena que preencheram os espaços dramáticos em determinadas coreografias, como as personagens dramáticas, também não podem prescindir de citação. “Odette/Odille”(Hellen Mesquita, Aline Guimarães); “Príncipe Siegfried”(Eduardo Araújo e Alef Albert); “Von Rothbart”(Carlos Sabóia); “Rainha”(Manuela Monte e Socorro Bernabé). Nas coreografias, “Pas de trois”(Luma Braga, Maria Cecília e Miguel Eugenio); “Pas de Quatre” (Hávila Raphaela, Nathália Raquel, Thayra Tulipa e Yana Leticie); “Dueto”(Mariana Nívea e Isabela Luz).

Nos coletivos das turmas envolvidas, por Atos: Ato I – “Grande Valsa” (07º e 08º anos); “Mazurka Final” (03º e 04º anos A); Ato II - “Ballet Blanc” (03º ano B e 05º ano A); Ato III - “Napolitanas” (01º ano B); “Húngaras” (01º anos A e E);“Pretendentes” (Turma Especial e 06º A);“Espanholas” (01º anos D e F);“Italianas” (02º ano A e 01º ano G);“Mazurka” (01º anos H e C) e Ato IV - “Ballet Blanc” (03º ano C e 04º anos B e C).

“O Lago dos Cisnes”, relido da velha fórmula de tradição clássica pela Escola de Dança do Estado do Piauí “Lenir Argento”, desempenhou função colaborativo social e construtivo pedagógica da estética de tradição, facilitadora da linguagem do balé clássico, ao passo em que repercutiu lição escolar de práxis à expiação pública.

Não deveu a nenhum outro resultado de academias de dança da cidade, ao contrário ficou na escala de ponta, como padrão de estímulo/resposta bem finalizado. E, como memória é para ser guardada, então que se registre, em memória, aos futuros amantes “O Lago dos Cisnes”, da “Lenir Argento”. 


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